As curas e os exorcismos foram comuns
na igreja primitiva. Com o reconhecimento oficial da Igreja sob o imperador
Constantino, os exorcismos carismáticos, realizados informalmente por qualquer
cristão, deram lugar à institucionalização da função do exorcista. O Rituale Romanum
reuniu mais tarde diversos ritos de exorcismos para situações variadas. Também
as igrejas reformadas estabeleceram tais ritos.
O racionalismo do século
XVIII conseguiu explicar muitos mistérios supostamente sobre-humanos, o que
também sucedeu, de modo ainda mais intenso, com a descoberta do hipnotismo e da
psicologia profunda no século XIX.
A Igreja católica, como algumas instituições denominações protestantes, admite os exorcismos ordinários, contidos
no rito do batismo, como símbolo da libertação do pecado e do poder do
demônio. Pratica-se o exorcismo ordinário na bênção da água batismal e na
sagração dos santos óleos. Os exorcismos solenes, que têm por objetivo
expulsar o demônio do corpo de um possuído, são práticas raríssimas e só
confiadas, mediante permissão episcopal, a sacerdotes muito experientes.
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O exorcismo católico inicia-se com a
expressão latina "Adjure te, spiritus nequissime, per Deum
omnipotentem" (eu te ordeno, espírito maligno, pelo Deus Todo-Poderoso).
O processo pode ser longo e extenuante, chegando a se estender por vários dias.
A possessão está associada ao mal. O processo de libertação é feito de forma
dramática e violenta. Os exorcistas recorrem as preces, água-benta,
defumadores, essências de rosas e arruda. O sal que é associado à pureza
espiritual também é utilizado.
Os adeptos do Catolicismo
mantêm, no entanto, em nossa época, uma atitude dúbia em relação ao exorcismo.
Se, por um lado, procuram guardar distância de sua prática, atuando mais
próximos a psiquiatras e médicos e autorizando estudos para esclarecer o
fenômeno, de outro lado continua a permitir, em certos casos, a prática dos
rituais de expulsão. O próprio papa João Paulo II admitiu ter aplicado o ritual
do exorcismo no caso de uma jovem, em 4 de abril de 1982. O papa João Paulo II
teria, segundo fontes seguras, praticado o exorcismo pelo menos em mais duas
ocasiões durante seu pontificado. O primeiro se deu no final dos anos 70, mas
dele pouco se sabe. No último, ele atendeu uma jovem de 19 anos que, segundo a
Igreja, apresentava sinais de possessão demoníaca.
Créditos
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)
Do site: O consolador.
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