terça-feira, 23 de abril de 2013

PADRE SAMUEL, O EXORCISTA


Depressões psicológicas são confundidas com possessões diabólica.

 Uma pessoa pode, realmente, possuída pelo demônio? Do ponto de vista da ciência, o homem sai do seu estado natural e apresenta mutações comportamentais devido o descontrole de órgão do seu corpo, razões endócrinas. A Igreja Católica, que não recomenda o espiritismo, trabalha com a hipótese da posse demoníaca, mas não classifica qualquer mudança comportamental já como poder demoníaca. Em determinado momento, se aproxima da ciência e vê o rótulo popular para "endemoniado" como produto da ignorância, da falta de informação, de leitura.
Em Brasília, já é muito grande o número de pessoas que procuram assistência espiritual, ao ponto de o Padre Samuel Ferreira, da Paróquia do Verbo Divino, na L-2 Norte, passar, em média, 10 a 12 horas, diárias, atendendo chamados, e com agenda lotada, ao ponto de não haver vaga com menos de uma semana de antecedência. Ordenado nos Estados Unidos, na região de influência de Chicago, em 1963, ele trabalhou no estado norte-americano da Califórnia, perto de San Francisco, antes de vir para Brasília, onde está há  há 20 anos e pôde aumentar a sua preparação para trabalhar com a alma humana cursando Psicologia, na UnB, onde formou-se, em 1987. Samuel é um dos dois padres exorcistas de Brasília (o outro é o Padre Júlio, que trabalha no Lago Sul) e, antes de examinar um caso, tem uma experiência de quase 41 anos para saber separar exatamente o que seria possessão demoníaca de depressão psicológica. "Por mais que o homem se refugie na tecnologia moderna, nas maravilhas da ciência, chega-se a um momento em que ele é estressado exatamente por tudo aquilo que veio para modernizar sua vida. É quando ele percebe que ainda lhe resta um grande baluarte, que é Deus. Ele, o homem moderno, convive com tantas exigências e velocidade de ações, que o corpo físico termina, em determinado momento, perdendo a paz espiritual. É quando procura Deus. Digamos que Deus ainda seja a única pessoa confiável no mundo em que vivemos. Vejo isso como padre católico e como psicólogo", diz ele.
Nas mais de 10 horas diárias que cuida do atendimento espiritual do brasiliense, o Padre Samuel Ferreira vê, na maioria dos casos, segundo ele, depressões, muitas, revela, provocadas também por problemas financeiros. "É compreensível que a pessoa mude do seu estado natural para o que o popularesco classifica de "ter um encosto". Não é fácil conviver com as constantes subidas de preços, enfrentando-se tormentos nos finais de meses. É o colégio dos filhos, o plano de saúde que teve aumento de valores, enfim, uma gama muito grande de nuances da vida que formam todo esse arcabouço que vai terminar agindo sobre a paz espiritual. O homem corre o dia todo, se agita, não para um pouquinho. É essa correria desses tempos modernos que deixa as marcas indeléveis na alma. Quem sofre? A parte psicológica, que encaminha o homem para a depressão. Aí ele percebe que não pode agir sozinho, que precisa de uma força do alto", explica.
O Padre Samuel não tem dúvidas de que confundir depressão psicológica com possessão demoníaca é reflexo de falta de informação, baixo nível cultural. "Quando é que o homem faz as suas maiores bobagens? Quando é ignorante". Ele prefere não comentar, sem ver o caso, se uma pessoa a quem se atribui estar "possuído pelo demônio" pode estar encenando, ou não. "Prefiro ver uma sobrecarga no cérebro humano. Reitero: a irrefreável corrida humana enfraquece, cansa o cérebro, provocando a depressão que, por sua vez, provoca atos, pensamentos que induzem aos mais pobres culturalmente que o demônio tomou conta do corpo da pessoa. Para a Igreja Católica, todo mal vem do demônio, mas ele também é muito rigorosa para caracterizar uma a ação de possessão. O demônio existe, mas não é tudo o que o povo vê de diferente. Não é um simples fato de a pessoa fazer ou falar algo esquisita que já seja a possessão. É mais certo que se tenha um cérebro cansado iluminada pelo mal", ensina.
Segundo o Padre Samuel, as pessoas que se tornam uma presa fácil para "o agente do mal", como prefere falar, são aquelas que não usam todo o poder de sua inteligência de forma saudável. Nesse caso, explica, a pessoa assimilam as maldades que lhes rodeiam. "Quando extrapola e faz o inaceitável, talvez nem teria poder para aquilo, mas a sua força para praticar aquele mal lhe foi entregue pelo demônio. O demônio é inteligente, dá poder, investe onde vê boas condições", assegura ele, que assistiu, na década de 70, o filme "O Exorcista", que ficou famoso pelas cenas de horror em torno de uma garota possuída pelo demônio.
Quando a Igreja Católica constata que há possessão demoníaca em uma pessoa, ela tem padres marcados para enfrentar o caso. Estes usam as formas de exorcismo pelo ritual romano, que é mantido em sigilo, embora o Padre Samuel Ferreira revela que são feitas orações especiais e preparo com jejuns. "Não se há um estudo específico para isso, apenas o acúmulo de experiências de uma vida espiritual extensa", assegura o religioso.

Fonte: Gustavo Marine do Blog gustavomarine2010.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Alma Solitária


Alma solitária,
sem vida,
pela morte consumida,
de longe sinto teu labor.
De tristezas carregadas,
pelas lágrimas banhada,
só se sente  a dor.
Distante ausente,
de angústia presente,
luto esse dissabor.
Douta alma, esquecida
pela vida definida,
sem vitória sem amor.
Caminha alma minha,
me leve ao amor,
me faça conhecer,
da minha vida meu senhor.

Autor: Rubens Carvalho

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Padre Jose Antonio Fortea

Sacerdote e Teólogo em demonologia

Nasceu em Barbasto (Espanha) em 1968, é sacerdote e teólogo especializado em demonologia. Pertence ao presbitério da diocese de Alcalá de Henares (Madrid). Em 1998 defendeu a sua tese de licenciatura, ‘O exorcismo na época atual’, orientada pelo secretário da Comissão para a Doutrina da Fé da conferência episcopal espanhola. Ele já esteve no Brasil em outras ocasiões.






Pe. Gabriele Amorth

O grande Exorcista
Sacerdote da Pia Sociedade de São Paulo, é conhecido em todo o mundo como o “grande exorcista”. Desde 1986 exerce esta missão em Roma, a capital do mundo católico; por isso é indicado como o exorcista número um do Vaticano. Nascido em 1925, em Modena, na Itália, foi ordenado sacerdote em 1954. Formado em direito, também é famoso como jornalista, devido aos inúmeros artigos publicados e também por seu programa de rádio, com cerca de 1,7 milhões de ouvintes.

O Inferno segundo a Visita de Sta Teresa D' Avila

1. Havia muito tempo que o Senhor me fazia muitas graças já referidas e outras ainda maiores, quando um dia, estando em oração, achei-me subitamente, ao que me parecia, metida corpo e alma no inferno. Entendi que o Senhor queria fazer-me ver o lugar que os demônios aí me haviam preparado, e eu merecera por meus pecados.
2. O tormento interior é tal, que não há palavras para o definir, nem se entende como é realmente. Na alma senti tal fogo, que não tenho capacidade para o descrever. No corpo eram incomparáveis as dores. Tenho passado nesta vida dores gravíssimas. No dizer dos médicos são as maiores que se podem suportar, como, por exemplo, quando se encolheram todos os meus nervos, e fiquei tolhida. Já não falo de outras muitas dores de diversos gêneros e até algumas causa das pelo demônio. Posso afirmar que tudo foi nada em comparação do que ali experimentei.
O pior era saber que seria sem fim, sem jamais cessar.
Sim, repito, tudo mais pode chamar-se nada em relação ao agonizar da alma: é um aperto, um afogamento, uma aflição tão intensa, e acompanhada de uma tristeza tão desesperada e pungente, que não sei como posso explicar semelhante estado! Compará-lo à sensação de que vos estão sempre a arrancar a alma, é pouco. Em tal caso, seria como se alguém nos acabasse com a vida. Aqui é a própria alma que se despedaça. O fato é que não sei como descrever aquele fogo interior e aquele desespero que se sobrepõem a tão grandes tormentos. Eu não via quem os provocava, mas sentia-me queimar e retalhar.Piores, repito, são aquele fogo e aquele desespero que me consumiam interiormente.
Em lugar tão pestilencial, sem esperar consolo, é impossível sentar-se, ou deitar-se, nem há espaço para tal. Puseram-me numa espécie de fenda cavada na muralha. As próprias paredes, espantosas à vista, oprimem, e tudo ali sufoca. Por toda parte trevas escuríssimas.Não há luz. Não entendo como, sem claridade, se enxerga tudo, causando dor nos olhos. Nesta ocasião o Senhor não quis que eu visse mais de tudo aquilo que há no inferno.
Em outra visão, vi coisas horripilantes acerca do castigo de alguns vícios. Pareceram muito mais horrorosas à vista. Como não sentia a pena, não me causaram tanto temor como na primeira visão, na qual o Senhor quis que eu verdadeiramente sentisse aquelas torturas e aquela aflição de espírito como se o corpo as estivesse padecendo. Como foi isso, não sei, mas bem entendi ser grande graça do Senhor querer que eu visse, com meus olhos, de onde sua misericórdia me havia livrado.

Visão do Inferno

Hoje, conduzida por um Anjo, fui levada às profundezas do Inferno um lugar de grande castigo, e como é grande a sua extensão. Tipos de tormentos que vi:
1. Primeiro tormento que constitui o Inferno é a perda de Deus;
2. O segundo, o contínuo remorso de consciência;
3. O terceiro, o de que esse destino já não mudará nunca;
4. O quarto tormento, é o fogo que atravessa a alma, mas não a destrói; é um tormento terrível, é um fogo puramente espiritual, aceso pela ira de Deus;
5. O quinto é a contínua escuridão, o terrível cheiro sufocante e, embora haja escuridão, os demônios e as almas condenadas vêem-se mutuamente e vêem todo o mal dos outros e o seu.
6. O sexto é a continua companhia do demônio;
7. O sétimo tormento, o terrível desespero, ódio a Deus, maldições, blasfêmias.
São tormentos que todos os condenados sofrem juntos, mas não é o fim dos tormentos. Existem tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos. Cada alma é atormentada com o que pecou, de maneira horrível e indescritível . Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de castigo, onde um tormento se distingue do outro. Eu teria morrido vendo esses terriveis tormentos, se não me sustentasse a onipotência de Deus.
Que o pecador saiba que será atormentado com o sentido com que pecou, por toda a eternidade.
Estou escrevendo por ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há inferno ou que ninguém esteve "lá e não sabe como é". 
Eu, Irmã Faustina, por ordem de Deus, estive nos abismos para falar às almas e testemunhar que o Inferno existe. Sobre isso não posso falar agora, tenho ordem de Deus para deixar isso por escrito. Os demônios tinham grande ódio contra mim, mas, por ordem de Deus, tinham que me obedecer. O que eu escrevi dá apenas uma pálida imagem das coisas que vi. Percebi, no entanto, uma coisa: o maior número das almas que lá estão é justamente daqueles que não acreditavam que o Inferno existisse. Quando voltei a mim, não podia me refazer do terror de ver como as almas sofrem terrivelmente ali e, por isso, rezo com mais fervor ainda pela conversão dos pecadores; incessantemente, peço a misericórdia de Deus para eles. " Ó, meu Jesus, prefiro agonizar até o fim do mundo nos maiores suplícios a ter que vos ofender com o menor pecado que seja."